Basquete em cadeira de rodas. Primeira modalidade Paraolímpica brasileira.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

6 de fevereiro de 2011

O basquete em cadeira de rodas começou a ser praticado nos Estados Unidos, em 1945. Os jogadores eram ex-soldados do exército norte-americano feridos durante a 2ª Guerra Mundial. A modalidade é uma das poucas que esteve presente em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos. As mulheres disputaram a primeira Paraolimpíada em Tel Aviv, no ano de 1968. O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade paraolímpica a ser praticada no Brasil, em 1958.

Os principais responsáveis pelos primeiros passos foram Sérgio del Grande e Robson Sampaio que, ao retornarem de um programa de reabilitação nos Estados Unidos, trouxeram esta modalidade para São Paulo e Rio de Janeiro. Em função da receptividade desta modalidade, Robson funda no Rio de Janeiro o Clube do Otimismo e Del Grande funda em São Paulo o Clube dos Paraplégicos em 28 de julho de 1958. O primeiro jogo de basquetebol em cadeira de rodas entre equipes brasileiras ocorreu em um confronto entre paulistas e cariocas, no Ginásio do Maracanãzinho (RJ). Os paulistas venceram. Nos anos de 1960 e 1961, mais dois confrontos ocorreram, sendo dessa vez a equipe carioca vencedora. Desde então, a competição desta modalidade no Brasil tem-se tornado cada vez mais popular.

O Brasil foi representado na modalidade pela primeira vez em uma Paraolimpíada, em 1972, na cidade de Heidelberg, Alemanha Ocidental. A partir daí, as participações brasileiras tornaram-se efetivas. Nos II Jogos Parapan-americanos, em Mar Del Plata, em 2003, a seleção brasileira masculina conquistou uma vaga para Atenas 2004 retornando a uma edição de Jogos Paraolímpicos após 16 anos de ausência. Já a seleção feminina participou apenas dos Jogos de Atlanta 1996. No Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, o Brasil conquistou o 4º lugar no feminino e o 3º no masculino.

A modalidade é praticada por atletas de ambos os sexos que tenham alguma deficiência físico-motora, sob as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). As cadeiras são adaptadas e padronizadas, conforme previsto na regra. A cada dois toques na cadeira, o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.

A primeira entidade nacional a dirigir esta modalidade foi a Abradecar (Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas) até o ano de 1997. Neste mesmo ano, em função do aumento no número de equipes, surgiu a necessidade de criar-se uma entidade máxima para coordenar, normalizar e incrementar a prática desta modalidade no Brasil. Surgindo assim a Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC), que atualmente administra a modalidade no Brasil.

Classificação
Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor e a escala obedece aos números 1, 2, 3, 4 e 4,5. Para facilitar a classificação e participação dos atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas classes intermediárias: 1,5; 2,5 e 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor a classe.

Fonte: CPB

Compartilhe acessibilidade

Ajude outras pessoas a se manterem atualizadas com nosso conteúdo voltado para a acessibilidade

Você pode gostar……

Seus comentários são bem-vindos!

12 Comentários

  1. VICTORIA BEATRIZ

    GOSTEI MUITO DESSE SITE,TIVE QUE FAZE UM TRABALHO DA ESCOLA ESSE FOI O ÚNICO QUE ME AJUDOU!!!*-*

  2. Ana Letícia Kruklis

    Muito bom! Tive que fazer um trabalho sobre basquete adaptado e esse site ajudou muito! =D

  3. Jujuba

    Olá, adorei o texto, tinha 1 trabalho e ganhei um 10.0 graças a vc! Muito obrigada! =D

      • Ari

        Moro em Caxias e tenho um projeto de Basquete. Gostaria de trazer tbm esse projeto de Basquete p cá deirante. Como faço ?

        • Ricardo Shimosakai

          Os locais são os mesmos, o que precisa é cada um ter sua cadeira de rodas. As regras são um pouco diferentes. Procure clubes de paradesporto, ou a confederação brasileira, eles podem te auxiliar melhor. Sucesso!

  4. aderimar

    Eu amei porque eu tenho a feira do conhecimento e e das paraolimpiedas

  5. cristina

    eu também vou fazer um trabalho da escola sobre os equipamentos alguém pode me ajudar sobre os equipamentos?

Enviar um comentário

" });