Stevie Wonder. Cego, negro e de origem humilde. O máximo de um exemplo de superação.

por | 8 out, 2011 | Turismo Adaptado | 1 Comentário

Stevie Wonder, nome artístico de Steveland Judkins Hardaway, nasceu em Saginaw, Michigan em 1950; sendo o terceiro dos seis filhos de Calvin Judkins e Lula Mae Hardaway. Devido ter nascido prematuro em seis semanas, os vasos sanguíneos da parte de trás de seus olhos ainda não tinha chegado na parte frontal e seu crescimento abortado causou o deslocamento das retinas. O termo médico para esta condição é retinopatia da prematuridade, e ela pode ter sido agravada pelo oxigênio bombeado para sua incubadora, mas não foi a principal causa de cegueira.

Quando Stevie Wonder tinha quatro anos, sua mãe deixou seu pai e se mudou com seus filhos para Detroit. Voltou a ter o nome de solteira, Lula Hardaway e mais tarde mudou o sobrenome de seus filhos para Morris. Morris permanece como o nome legal de Stevie Wonder desde então. Começou a tocar instrumentos muito cedo, incluindo piano, gaita, bateria e baixo. Durante sua infância foi ativo em um coral de igreja

 Ronnie White do grupo The Miracles dá crédito a seu irmão Gerald White por persistentemente insistir que ele ouvisse o pequeno Stevie em 1961. Após isso, White levou Stevie e sua mãe até a Motown Records. Impressionado com o jovem músico, o CEO da Motown, Berry Gordy assinou contrato através de um dos selos da Motown, a Tamla Records com o nome de Little Stevie Wonder. Gravou o single, “I Call It Pretty Music, But the Old People Call It the Blues”, que foi lançado pela Tamla no fim de 1961. Wonder lançou seus dois primeiros álbuns, The Jazz Soul of Little Stevie e Tribute to Uncle Ray, em 1962, com pequeno sucesso.

Wonder saiu da Motown em 1971 e gravou dois álbuns, que usou para forçar negociações com a gravadora. Esta concordou em dar-lhe total controle da criação e dos direitos sobre suas composições. Os dois álbuns, Where I’m Coming From e Music of My Mind, são considerados clássicos da época. Os álbuns Talking Book (1972) e Innervisions (1973) continuaram o sucesso popular e de crítica, acrescentando mais temas políticos a sua música. Isto continuou em Fulfillingness’ First Finale (1974) e em sua obra maior, Songs in the Key of Life.

O álbum seguinte foi a trilha sonora do filme Journey Through the Secret Life of Plants (1979). Hotter Than July (1980) se tornou o primeiro disco de platina de Wonder, marcando uma bem sucedida campanha para que o dia do nascimento de Martin Luther King fosse transformado em feriado nos EUA. O disco também incluía a música “Master Blaster (Jammin’)”, seu tributo a Bob Marley.

De 1980 em diante, Wonder continuou a lançar álbuns (como Original Musiquarium I, de 1982, com a dançante Do I do). Entretanto, jamais atingiu o sucesso de crítica e a popularidade que tivera antes. Em 1999, recebeu o prêmio Kennedy Center Honors, dado pelo John F. Kennedy Center for the Performing Arts em Washington, DC. Recebeu o Oscar de melhor canção: “I Just Called To Say I Love You”, da trilha de A Dama de Vermelho, de Gene Wilder) – que foi sucesso internacional. Até 2006, Wonder havia recebido 25 prêmios Grammy inluindo o prêmios “Lifetime Achievement Award”

Em 1973, ao ser conduzido a um concerto na Carolina do Norte, um grande tora de madeira caiu sobre o carro em que estava. Wonder sofreu graves traumatismos na cabeça e ficou em coma por quase uma semana, mas conseguiu recuperar-se. Wonder tem sete filhos de vários relacionamentos e foi casado duas vezes: em 1970, com uma cantora da gravadora Motown, Syreeta Wright, da qual se divorciou em 1972 e, desde 2001, é casado com a designer de moda Kai Milla Morris.

Em dezembro de 2009, durante o Video Game Awards (VGA), Wonder entregou o prêmio de Melhor Jogo Musical para The Beatles: Rock Band e publicamente apelou: “gostaria de ver as produtoras fazerem esses jogos acessíveis para pessoas como eu, para que todos possam aproveitar a diversão”.

No mesmo ano, o cantor americano fez um contundente discurso durante uma solenidade realizada na sede da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, cobrando de organizações como a ONU mais empenho na quebra de direitos autorais que facilitem a produção de audiolivros. Segundo o cantor, o mundo tem cerca de 300 milhões de deficientes visuais alheios à leitura e que poderiam ser beneficiados por ações junto a governos e ministérios da educação que levasse até eles audiolivros. “Temos que declarar estado de emergência sobre essa questão e agirmos o mais rápido possível”, disse Wonder.

Ele acrescentou ainda que, assim como as suas músicas, que as pessoas conhecem por ouvi-las, independente de serem ou não deficientes musicais, a mesma coisa pode acontecer com livros, jornais, revistas e material para educação. Segundo a assessoria do cantor, apenas 5% do material impresso produzido no mundo tem versão em áudio e o número é muito menor em países subdesenvolvidos.

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