Ricardo Shimosakai mostra o caminho da acessibilidade no Brasil. – Ricardo Shimosakai muestra el camino de la accesibilidad en Brasil.

por | 17 abr, 2013 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

A BRAZIL 4 SENSES é uma empresa radicada na Espanha dedicada a promoção do Brasil no exterior. Para tanto, desenvolve estratégias específicas, diferenciadas e orientadas ao público Europeu. A empresa esta centrada em ações de difusão de conceitos e marcas com o objetivo de reforçar o interesse dos europeus por um Brasil moderno, vanguardista, que tem lindas paisagens, mas também produtos e serviços de qualidade e capazes de conquistar a preferência dos mais diferentes e exigentes consumidores. A revista é publicada nas línguas portuguesa e espanhola. A última edição teve a questão do turismo acessível como matéria de capa, com informações orientadas por Ricardo Shimosakai, Diretor da Turismo Adaptado. Ano II, Número 8, Páginas 18 a 20

Detrás de la belleza natural de Brasil, hay una gran diversidad de productos. Los sonidos, sabores, aromas y miradas se desarrollan en miles de bienes de consumo y servicios con fuerte atractivo comercial. Esta es nuestra propuesta: asociar los productos a los destinos turísticos. Un trabajo direccionado que lleva en cuenta las características de cada mercado. Con sede en Madrid, España, BRAZIL 4 SENSES ofrece servicios y apoyo a empresas e instituciones que representan a los sectores público y privado del turismo. La revista se publica en portugués y español. El último número fue el tema del turismo accesible como el tema de portada, con información orientada por Shimosakai Ricardo, Director de Turismo Adaptado. Año II, Número 8, Páginas 18-20

O Censo 2010 do IBGE revelou mais de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, e um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o número já ultrapassou 1 bilhão de pessoas em todo o mundo

El Censo 2010 realizado por el Instituto Brasileño de Geografia y Estadística (IBGE) revela que más de 45 millones de brasileños poseen algún tipo de discapacidad, y um estúdio divulgado por la Organización Mundial de la Salud (OMS) muestra que esta cifra ya ultrapasó los mil millones de personas em todo el mundo

É grande a repercussão dos preparativos que realiza o Brasil para os grandes eventos dos próximos anos. Estamos, porém, realmente preparados em todos os aspectos?

Es grande la repercusión que tienen los preparativos de Brasil para los grandes eventos de los próximos años. Com todo ¿Estamos realmente preparados em todos los aspectos?

Falemos das Olimpíadas, ou melhor, das Paraolímpíadas de 2016. Tomando como base o último evento do gênero que ocorreu em Londres, devemos considerar para o Rio de Janeiro um aumento do número de atletas com deficiência – na última edição foram registrados 4.200 -, devido à criação de novas modalidades e à vinda de equipes técnicas e visitantes. Isso sem contar a Copa do Mundo, já no próximo ano, que receberá 32 mil pessoas com deficiência – quase 500 por jogo -, beneficiadas pela distribuição gratuita de ingressos aparelhada pelo ex-jogador Romário, hoje deputado federal e membro do Comitê Organizador.

Hablemos de las Olimpiadas, o, lo que es mejor, de las Paralimpíadas que se realizarán em 2016. Debemos considerar para la edición de Rio de Janeiro um aumento del número de atletas com discapacidad em relación a los 4.200 registrados em los Juegos de Londres – gracias a la creación de nuevas modalidades – equipos técnicos y visitantes. Eso sin considerar el Mundial de Fútbol, ya em el próximo año, que recibirá 32 mil personas com discapacidad (casi 500 por partido), favorecidas por la distribución gratuita de entradas realizada por el exjugador Romário, hoy diputado federal y membro del Comité Organizador.

Brazil4senses - Turismo acessível com Ricardo Shimosakai

Ter estádios adaptados para esse público já é bom começo. É necessário, porém, muito mais: adequar aeroportos, hotéis, transporte público, restaurantes, serviços de informação e outros tantos itens indispensáveis da infraestrutura turística, fatores que dependem da iniciativa de um setor privado que, no Brasil, ainda não está completamente desperto.

Tener estádios adaptados para el público ya es um buen comienzo, pero hace falta mucho más: aeropuertos, hoteles, transporte público, restaurantes, servicios de información turística, lo cual depende de um sector privado que, em Brasil, no tiene los ojos totalmente abiertos para el problema.

Tomando como exemplo o sistema aeroportuário, se compararmos nosso serviço oferecido com o de outros países, veremos que estamos em desvantagem. Ao aeroportos da União Européia – ou pelo menos aqueles com maior fluxo de passageiros – possuem uma equipe dedicada ao atendimento de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, funcionários capacitados e material de apoio adequado. O atendimento especializado também auxilia embarques e desembarques em todas as companhias aéreas, assim como a verificação de itens específicos como baterias de cadeiras de roda motorizadas, embarque de cão-guia, atendimento a deficientes auditivos, etc.

Tomando como ejemplo los aeropuertos, si comparamos nuestros servicios afrecidos a los de otros países, veremos que estamos em desventaja. Los aeropuertos de la Unión Europes – o por lo menos aquellos com mayor flujo de pasajeros. – poseen um equipo dedicado al atendimento de personas com discapacidades y movilidad reducida, empleados capacitados y material de apoyo adaptado. El atendimento especializado también auxilia embarques y desembarques em todas las compañías aéreas, además de la prestación de servicios específicos como embarque de perros-guía, atendimento a personas com discapacidad auditiva etc.

A Turismo Adaptado está tentando implementar um projeto do tipo no Brasil, mas, apesar de todos os argumentos positivos para a sua aplicação, ainda encontra resistência em setores da gestão pública como a ANAC e a Infraero, e também em  algumas companhias aéreas.

Turismo Adaptado está intentando implementar um proyecto del tipo em Brasil, pero, a pesar de todos los argumentos positivos para su aplicación, todavia encuentra resistência em sectores de la gestión pública como ANAC e Infraero, así como em algunas compañías aéreas.

A acessibilidade na hotelaria também é um fator a ser trabalhado, desde a concepção estrutural e arquitetônica, até a disponibilização de equipamentos que facilitem a acessibilidade, os chamados “equipamento de tecnologia assistiva.”

La accesibilidad de los hoteles es también um elemento a ser trabajado, desde su concepción estructural y arquitectónica, hasta la disponibilidade de equipos que faciliten la accesibilidad, los llamados “equipos de tecnologia de assistência”.

As ações para promoção da acessibilidade não podem – e não devem – ser pontuais. Também não basta dizer que um local é “acessível”: há diversos níveis de acessibilidade para diferentes tipos de deficiência e, muitas vezes, as indicações presentes em produtos e serviços turísticos não correspondem à real necessidade do consumidor.

Las acciones para la promociós de la accesibilidad no pueden – y no deben – ser puntuales. Tampoco basta decir que um local es “accesible”: existen distintos niveles de accesibilidad para distintos tipos de discapacidad y, muchas veces, las indicaciones presentes em produtos y servicios turísticos no corresponden a la real necesidad del consumidor.

Estudos realizados pela SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality) mostram que os americanos com deficiência movimentam mais de 14 bilhões de dólares por ano somente através do turismo acessível. Atrair e fidelizar esse público requer empresas especializadas que possam oferecer, entre outros, viagens acessíveis para pessoas com deficiência física, passeios com descrição e experiências táteis para deficientes visuais, além de guias e monitores intérpretes de língua de sinais para deficientes auditivos.

Estudios realizados por la SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality) muestran que los americanos com discapacidad mueven más de 14 mil millones de dólares al año solamente a través del turismo accesible. Para atraer esos clientes hacen falta empresas especializadas que ofrezcan, entre otros, viajes accesibles para personas com discapacidades físicas, paseos com descripción y experiências táctiles para portadores de discapacidades visuales, además de guías y monitores intérpretes de linguaje de signos para personas com discapacidad auditiva.

Ricardo Shimosakai é Diretor da empresa Turismo Adaptado. Em 2001, vítima de um sequestro relâmpago, sofreu um ferimento por arma de fogo. Viajante “compulsivo”, a partir desse momento começou seu trabalho com acessibilidade e inclusão no lazer e turismo.

Ricardo Shimosakai es Director de la empresa Turismo Adaptado. Em 2001, víctima de um secuestro, sufrió uma herida por arma de fuego. Viajero “compulsivo”, a partir de esse momento empezó a trabajar com accesibilidad e inclusión em el ócio y el turismo.

Ricardo é formado em Turismo, membro das associações internacionais para o turismo acessível SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality) e ENAT (European Network for Accessible Tourism), e professor em cursos de Pós-Graduação e MBA.

Ricardo es licenciado em Turismo, membro de las asociaciones internacionales para el turismo accesible SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality) y ENAT (European Network for Accessible Tourism), además de professor em cursos de Máster y MBA.

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