Site acessível para pessoa com deficiência não sai mais caro, diz especialista; entenda

por | 26 jul, 2013 | Turismo Adaptado | 1 Comentário

O desconhecimento por parte de desenvolvedores de sites e de quem insere conteúdo neles é o que mais impede que pessoas com deficiência usufruam de páginas da web, as quais podem se tornar acessíveis com medidas fáceis e rápidas, segundo especialistas no assunto.

Deficientes visuais, por exemplo, usam um programa que vocaliza o texto da página e que não consegue interpretar conteúdo visual.

Para contornar esse problema, deve-se embutir texto alternativo a fotos e evitar o uso de tecnologias que exigem interpretação ou interação exclusivamente visual. Ajax, Captcha e Flash e texto embutido em imagens devem ser evitados, segundo Fábio Salles, 35, sócio-diretor da agência Digital Acesso, que tem como clientes bancos e serviços públicos que precisam tornar sites “universais”.

Dicas básicas para desenvolvedores podem ser vistas em um documento do W3C Brasil.

“Só de trabalhar respeitando a semântica do código, um desenvolvedor cria um site que é mais acessível”, diz Reinaldo Ferraz, 36, especialista em desenvolvimento do órgão W3C no Brasil. “Mas, pela escassez na oferta de instrução formal nessa área, esse bom profissional está cada vez mais raro.”

“A principal barreira segue sendo o desconhecimento. Falo com desenvolvedores experientes que nunca ouviram falar sobre isso, e pessoas que assistem pela primeira vez o vídeo “Acessibilidade Web: Custo ou Benefício?” (colocado no final da matéria) e se emocionam”, diz.

Quem cria conteúdo também pode ajudar ao pôr legendas em imagens e links.

Segundo dados do CGI (Comitê Gestor da Internet) de 2011, apenas 4,5% dos sites de serviços públicos no Brasil podem ser considerados acessíveis.

O Censo de 2010 aponta que 23,9% dos brasileiros (45,6 milhões de pessoas) têm deficiência auditiva, mental, motora ou visual -dos quais 35 milhões têm dificuldade de enxergar, mesmo de óculos, e 529 mil são cegos.

Rede sem amarras

Teste
Há testes automáticos para verificar se uma página é ou não acessível. O mais comum é o AChecker (achecker.ca)

No seu lugar
Programadores devem usar as etiquetas semânticas, como “header”, “title” e “body”, em vez de abusar de “muletas” como “div”; é bom declarar o idioma da página e inserir atalhos ocultos para “saltar ao conteúdo” (para programas que lêem a tela)

‘Captcha’ inclusivo
Testes para detectar robôs costumam incluir imagens com letras quase ilegíveis mesmo para quem enxerga; pode-se substituir os ‘captcha’, como são chamados, por perguntas simples, ou ao menos dar-lhes a opção de vocalização dos caracteres

Descrição
Ao publicar uma foto, descreva-a na legenda ou na função texto alternativo, que fica escondida. Conteúdo em áudio ou em vídeo também deve ser descrito textualmente. Recomendação de link deve ser descritiva (em vez de “clique aqui”, usar “clique aqui para iniciar a estação de rádio”, por exemplo

Visibilidade
Texto não deve ter baixo contraste (fundo e texto em diferentes tons de cinza, por exemplo); informações não devem ser transmitidas somente por cores, para não excluir usuários daltônicos

Arsenal do acesso
Para usar a web, pessoas com deficiência visual podem usar um display Braille ou leitores de tela – programas que vocalizam o texto disponível nas páginas, como o NVDA (nvaccess.org; veja lista em bit.ly/leitorestela)

Já quem tem deficiência motora pode usar programas que usam a webcam para substituir o mouse, como o HeadMouse (bit.ly/mousehead), que reconhece movimentos de rosto e boca. Também há teclados, como o orbiTouch, que substitui as 105 teclas de um convencional por dois joysticks gigantes

Fonte: Folha de S.Paulo

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