Turismo com acessibilidade, investimento em adaptações para deficientes podem atrair mais lucros para hotelaria no Brasil,

Viajar é uma das paixões de Ricardo, ele não parou de conhecer novos lugares mesmo depois de levar um tiro e ficar paraplégico.

‘Antes desse acontecimento eu já viajava e passeava bastante então queria retomar isso de novo, dai mostrando isso para os meus colegas, contando minhas histórias, mostrando minhas fotos e vídeos, eles começaram a se interessar’, conta o Diretor da Turismo Adaptado e agente de viagens Ricardo Shimosakai.

Se interessam tanto que o publicitário abandonou a carreira para seguir o turismo. Hoje nessa agência de viagens ele é o responsável pelos pacotes para pessoas com deficiência. O desafio é encontrar locais com acessibilidade para todos esses turistas.

‘Muitos hotéis são acessíveis somente a pessoas com deficiência física. A parte da pessoa com deficiência visual ou de auditiva ainda é muito fraca’, reforça Ricardo Shimosakai.

A falta de adaptação da rede hoteleira faz com que os hotéis percam de 20% a 30% da taxa de ocupação e do faturamento.

‘Quando uma pessoa com deficiência viaja ela leva pelo menos mais uma ou duas pessoas de sua família como acompanhantes, ou seja, ela tem poder de ocupação dos empreendimentos’, observa Wilken Souto, Diretor de Produtos do Ministério do Turismo.

O Brasil possui 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Para promover o turismo acessível, o governo federal disponibiliza um site para que os usuários avaliem a acessibilidade de locais públicos e privados além de atrações turísticas do país. Com os dados o Ministério do Turismo pretende montar um ranking dos lugares aptos a receber qualquer tipo de turista. Até agora já foram avaliados mais de 530.000 estabelecimentos.

‘Todas as empresas até na bolsa de valores que investiram na parte sustentável, na parte social, na parte de acessibilidade como social tiveram, mais de 10% de crescimento em relação aos que não investiram’, informa Bruno Omori, Presidente da ABIH-SP.

Márcio não é cadeirante mas tem uma prótese em uma das pernas em cria rampas para ajudar deficientes físicos a acessar lugares com degraus.

‘Existe uma outra questão interna que é o problema da circulação da cadeira de rodas, o problema que ela pode encontrar num sanitário se não for devidamente adaptado, então são questões que devem ser vistas com mais carinho pelo comerciante, pelo industrial, seja lá onde for tem que ter essa consciência’, complementa Márcio Luiz Barbosa, empresário da Multirampa.

Fonte: TV Cultura

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