Bruno Ferrari é movido pela emoção. E foi escutando a “voz do coração” que o ator, de 32 anos, aceitou interpretar o cadeirante Artur de Vitória, da Record, seu terceiro protagonista na carreira – antes havia feito o Tomás de Chamas da Vida (2008) e o Rodrigo, de Bela, a Feia (2009), da mesma emissora. “Cheguei a chorar ao ler alguns capítulos”, diz o galã. E, para a trama de Cristianne Fridmann, Bruno mergulhou no mundo das pessoas portadoras de deficiência: teve a ajuda de fisioterapeutas por um mês e meio para aprender a se movimentar com a cadeira de rodas e ainda teve de emagrecer 7 kg para o personagem. Mas segundo ele, está valendo cada minuto!

Que tal emplacar mais um protagonista na carreira?

Quando se faz um protagonista, o que aumenta é a quantidade de capítulos para decorar. A entrega é a mesma sempre. Quando soube do personagem, não tive como dizer não.

Como foi a preparação para viver um cadeirante?

Primeiramente, perdi 7 kg para fazer o personagem. Achei que seria necessário que ele fosse uma pessoa leve para facilitar o manuseio com a cadeira de rodas. Depois, para ter a desenvoltura nela, tive a ajuda, durante um mês e meio, de fisioterapeutas, porque Artur é um cadeirante muito independente. Aprendi a me locomover, como sair da cadeira, ir para a cama… Enfim, ela trabalhou comigo todas as dificuldades que tem um deficiente.

Acha que o público se comoverá com a história dele?

Essa é a minha ideia como ator. Tomara que eu consiga passar para os telespectadores que essa cadeira não existe, que o público olhe antes o personagem e depois a cadeira. Como ele já está há quase 20 anos nela, a ideia é mostrar que ele tem uma vida normal, pode transar, casar, ter filhos e ser feliz.

O que o fez aceitar o papel?

O desafio de fazer o personagem, tão intenso como ele, sem falar que a história é tão bonita… Quando soube do personagem, aceitei na hora. No momento em que comecei a ler os capítulos, me impressionei. Cheguei a chorar ao ler alguns. Acredito que o público se envolverá muito com a trama toda.

Mesmo com o personagem nutrindo ódio ao crescer e planejando se vingar do pai?

Ele será capaz de fazer atrocidades motivadas por essa vingança. Agora, é aquilo, né? Ele é ser humano, bicho. Esse cara fará coisas que achei que até eu poderia virar um vilão. Toda a vingança, a amargura, tudo tem explicação, devido ao seu passado. Por isso que falo que ele é um ser humano, aliás, um super-humano.

Só que a vingança do pai o leva a amar a meia-irmã, né?

Aí é que está! Artur vive a vida toda pensando em como se vingar e não imaginava que fosse se apaixonar por Diana (Thaís Melchior). Acho que, para ele, a vida perde o sentido se não se vingar do pai. Agora, está nas mãos da Cris (Cristianne Fridmann, autora) o desenrolar dessa história.

Essa vingança não tem a ver com o amor que ele sente pelo pai?

Isso mesmo! Artur está se vingando do pai pelo amor que sente por ele. É mais amor do que a vingança em si. Ama tanto o pai e ficou tão mal de ter sido abandonado por ele que resolve se vingar.

E como foi gravar em Curaçao?

Nossa, foi um barato! O lugar é lindo, e as praias são incríveis. Nunca tinha ido ao Caribe. E a água é absurdamente limpa.

Fonte: mdemulher

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