A imobilidade urbana para deficientes nas cidades grandes

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

12 de dezembro de 2016

Só quem tem deficiência física sabe como o dia-a-dia é difícil. Ter que ir pra uma faculdade, um local de trabalho, um colégio ou qualquer outro lugar que não oferece as melhores condições de acessibilidade, impedindo que alguns espaços importantes, tipo a secretaria acadêmica ou o RH, sejam visitados, mesmo que seja algo muito necessário.

Não é toda pessoa com deficiência física que tem condições de ter um carro, por vários motivos. E não é toda pessoa com deficiência física que tem alguém que a ajude a usufruir de um dos seus direitos básicos: ir e vir. Aí, o jeito é recorrer ao transporte público. No caso da Cidade de São Paulo, com 1,523 km2, melhor opção é o metrô, que tem 78,4 km. Fazendo uma comparação com Nova Iorque, uma cidade de 789 km2, ela tem 400 km do mesmo meio de transporte. Ou seja, num tamanhão desse de cidade, não dá pra chegar em todos os lugares, diferentemente de uma cidade tão urbana quanto e menor.

Pensando no ser pedestre, a coisa também fica complicada quando se fala sobre os faróis. Não dá nem pra atravessar a metade do caminho no tempo que ficam abertos quando as pernas são, na verdade, rodas. Levando em consideração as calçadas, a situação piora por elas não serem contínuas e iguais.

Não precisa nem ser no dia-a-dia. Às vezes não dá nem pra ir num barzinho, numa balada, num pub ou qualquer outro lugar de vida noturna com os amigos, porque esses também são quase nada (ou nada mesmo) acessíveis. As baladas têm escadas enormes, os pubs têm bancadas altas e os barzinhos não têm espaço suficiente pra uma cadeira de rodas.

Essas são só algumas das dificuldades que pessoas com deficiência física passam em cidades grandes. Tenho certeza que muita gente vai saber de muitas outras situações e que também vai deixar todas elas transparecerem.
Ainda vai ter muita acessibilidade pra nós, em todos os lugares.

Fonte: ondda

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